Nós, mães, somos um referencial de Deus na vida dos nossos filhos. Então, a forma como cuido deles e os guardo refletem o caráter de Deus? Minha maternidade é uma pregação do Evangelho a eles?
Bebês e crianças demandam tempo, energia, dedicação e sacrifícios, mas a maioria de nós não foi preparada para tal e acabamos levando valores do mundo para a nossa vida cristã. Mesmo as mães cristãs não ensinam suas filhas a se prepararem para o casamento ou maternidade e, assim, elas não aprendem uma visão bíblica sobre esse aspecto da vida. Por essa razão, muitas mulheres, quando se tornam mães, caem no erro de achar que estão sendo inúteis no Reino de Deus.
Quando, porém, glorificamos a Deus? Quando O obedecemos (Jo 14.15,21). Como sabemos disso? Estudando a Sua Palavra. O apóstolo Paulo fala para as mulheres casadas ensinarem as mais novas a amarem seus filhos (Tito2). Então, aquele momento em que a mãe dá banho no seu filho, é um cuidado divino (Ez 16.9). Quando passamos 30, 40 min amamentando nosso recém-nascido ou preparando algo para os maiores, é divino (Mt 6.11). Quando acalentamos um filho que está doente, é divino (Sl 91.1-2). Poderíamos citar vários exemplos de como a maternidade glorifica ao Senhor.
Essa “vida comum de mãe” alegra nosso Deus. Ele nos chamou para isso e mostra, em Dt 6, como a presença dos pais na vida da criança é importante para a pregação do Evangelho. Em todo o tempo devemos levá-los a olhar a vida com uma perspectiva bíblica.
Pense em Maria: o que ela tinha a “oferecer”? Era uma mulher simples, de vida simples. Não era uma mulher “de sucesso”, nem “empoderada”, segundo nossos padrões atuais. Maria apenas tinha o coração no lugar certo e foi escolhida para a grande obra de ser a mãe terrena do nosso Salvador.
O que Deus, o nosso SENHOR, quer de nós como mães? Ele quer tudo! Todo o nosso coração, alma, força e entendimento (Mc 12.30-31) e Ele manda que ensinemos nossos filhos a fazerem o mesmo.
Nossa maternidade precisa refletir a eternidade. Adoração, conhecimento de Deus, contemplação, beleza, santidade, alegria, são “ingredientes” que precisam estar nos dias ordinários.
Eu e você faremos isso de forma perfeita? Infelizmente não! Por vezes nos perdemos em nossos próprios prazeres, cansaço e murmuração, até mesmo pela situação mais tola do dia. Mas, busquemos a santificação, “sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14), e preciso dizer que os filhos são um instrumento maravilhoso para a santificação em nossas vidas, pois no exercício da maternidade o Senhor nos ensina muito, nos amassa, nos faz de novo.
Busquemos ao Senhor em oração. Entreguemos a Ele tudo o que temos dificuldade na maternidade. Eu tenho meus pecados, você tem os seus, e nós sabemos que temos muito a deixar na cruz de Cristo.
Aqui em casa eu digo que “às vezes é o céu e às vezes, o caos”. Às vezes são os dois em menos de 10 minutos. Esse é nosso ambiente de trabalho e nele vamos vivendo para a glória de Deus. Pregando o Evangelho com nossas palavras e com nossa vida, para nossos filhos e para o mundo.
Acredite, quando você busca uma maternidade que glorifica a Deus você está influenciando seus filhos e o mundo!
Lilian Mariana Cajaíba Vieira – ICE de Praia Grande, Missionária em Itaporanga – Sertão da Paraíba